quarta-feira, 10 de abril de 2019

Quantas vezes a gente tem que se deparar completamente perdida para que aprenda a confiar, a esperar e a crer que tudo vai chegar ao seu devido lugar em algum momento? Quantas vezes a gente tem que respirar e tentar enxergar a luz quando a gente cava a saída e só chega mais ao fundo do poço? Eu sei que todos os meus problemas são tão minúsculos diante de tanta tragédia que vejo por segundo ao abrir uma página qualquer de notícias, e isso me deixa ainda mais dolorida por dentro porque não tenho - de fato- nada a reclamar se parar para pensar por este lado. Mas me sinto tão confusa, tão perdida, tão procurando por todos os lados um jeito de siar dessa caos todo, como quando a gente ta se afogando e no ímpeto de balançar os braços pra se salvar só gasta energia enquanto o melhor seria só relaxar, tentar boiar e deixar a correnteza nos levar pra beira da praia. Mas não sou feita de ficar parada e só esperar. Da vida aprendi a me mover, a não acomodar e nunca nunca nunca ficar parada esperando que as coisas caiam do céu, mas e quando o cansaço já é tanto que a gente já correu todos os lados? Eu não tenho medo nenhum de esforço, de correria, de por a mão na massa e dar a cara toda a tapa pra mover o céu e a terra se preciso for, mas nada disso parece estar adiantando no momento. Me pergunto se não desperdiço minha capacidade, meu tempo e minha vida nesse sonho louco que tracei pra minha vida. Se não fiquei cega todos esses anos enquanto o mundo girava fora das paredes cheias de post it do meu quarto. Desistir não é e nunca foi uma opção, mas isso é o que eu escolhi ou o que enfiei cegamente na minha cabeça? Meu Deus do céu, perdoa essas viseiras de imediatismo que se fazem presentes em mim. Mas eu não sei até quando eu consigo sustentar o peso do futuro que escolhi.