sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

declaração do amor maior

As palavras sempre me encantaram, como nuvens leves em dias de sol, como vermelhos vivos e gostos doces no céu da boca, de modo a derramar sobre elas de pesarosos lamentos à desmedidos risos incontidos. Como uma espécie de divã ao qual posso atirar-me e desandar histórias e inconscientes. Me encantam, roubam minha atenção, meus murmúrios, meu conforto. Constroem-me as palavras, e não o inverso. Perfazem cada célula minha como um código genético invertido, inato, raiz de minhas entranhas. E se por ventura faltam-me, a saírem boca a fora latejam e circundam, sangue e saliva adentro, toda a minha existência.
Engraçado como tudo parece igual quando é sobre você. Passa o tempo, as pessoas, o meu cabelo cresce, tô quase me formando. E continuo querendo largar tudo para ir ver você. Respiro fundo e parece que inspiro o seu cheiro, que nem lembro qual é, mas parece com o seu. E eu que digo o tempo todo que não sei nada de amor, que nunca sofri por amor. E você? Que parte disso tudo não significa amor? Que sentimento usei pra escrever mais de 30 textos sobre você? E qual é o que me faz escrever mais esse? Já disse mil vezes que as vezes acho que estou louca. Louca por você, só pode. Mas ai me vem tantos motivos pra não sentir mais nada, tantos motivos pra duvidar, tantos motivos pra (não) ter certeza de nada. Não queria escrever mais nada sobre você. Quero que você vá lá pra longe e fique mais quilômetros ainda longe de mim. Mas queria você perto por pelo menos um segundinho antes disso. Mas dessa vez acho que quase juro que não vou largar mais nada por você. 1 mês e 10 dias para mudar de ideia a cada segundo. Como sempre, quando se trata de você.









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Engraçado, já se passaram dois anos e ainda penso quase a mesma coisa disso aqui. Ainda tenho que estudar Civil. Ainda tenho que esquecer você. Ainda te odeio.