quarta-feira, 15 de junho de 2016

Eu me perco por segundo nos meus pensamentos que mudam do nada, meio por ser tão imediatista, meio por não ser uma coisa fixa. Procurei por muito tempo me encaixar, sempre faltando um pedaço  aqui e outro ali, um quebra cabeça quadrado com peças redondas, ali, mas sem pertencer. Depois de várias tentativas de se conhecer, sempre um passo atrás, parei de tentar. Não sei ser só uma coisa. Há uma profundidade e uma vontade louca por conhecimento e sentido que não me deixa pertencer a nada. Não sei ser uma coisa só, porque não sou uma coisa só. Entender isso é uma dádiva. Presenciar, absorver, filtrar, autoconhecer. Um passo apressado num tempo de lentidão. Um dia eu chego lá. 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Em meio a lagrimas venho a me perguntar quando essa minha vida começou a desandar. Nessa busca insana de autoconhecimento, de tanto pregar que deve-se aprender a estar bem sozinho para que se possa ser companhia de alguém, chego então ao ponto de que um caminho apenas nesse sentido não leva a plenitude alguma. Cá estou, a depender só de mim pra conseguir tudo que sempre quis, e em vez de paz, a solidão se faz sufocante. E isso dói. Amo completamente aqueles que comigo partilharam tudo até aqui, mas não tenho como deixar de questionar se é suficiente as palavras em vez de presença. De tanto cada um em suas lutas sozinhos, resta ausência. E que poderia fazer além de frustrar minhas expectativas? Nessa estrada só a fé maior que tudo, lágrimas pra não explodir e a crença de uma vida incrível por vir.