quarta-feira, 15 de junho de 2016
Eu me perco por segundo nos meus pensamentos que mudam do nada, meio por ser tão imediatista, meio por não ser uma coisa fixa. Procurei por muito tempo me encaixar, sempre faltando um pedaço aqui e outro ali, um quebra cabeça quadrado com peças redondas, ali, mas sem pertencer. Depois de várias tentativas de se conhecer, sempre um passo atrás, parei de tentar. Não sei ser só uma coisa. Há uma profundidade e uma vontade louca por conhecimento e sentido que não me deixa pertencer a nada. Não sei ser uma coisa só, porque não sou uma coisa só. Entender isso é uma dádiva. Presenciar, absorver, filtrar, autoconhecer. Um passo apressado num tempo de lentidão. Um dia eu chego lá.
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