segunda-feira, 22 de novembro de 2010

v e r m e l h o


Vontade de carne, de deliberações tortuosas

De vias degradadas, barrancos, tropeços

Sopros ofegantes, veneno leve

Sentir o gosto do obscuro, do mistério

Desendar o ser, o pretérito imperfeito

Quero seu toque na minha nuca

Sua boca na minha, seu gosto, seu cheiro

Mergulhar no oceano do seu olhar

Transparecer e refletir em sua alma

Matar a sede que me mata de você





_______________________________________________________________

fase escorpião

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Parabeens pra mim! =]


"Deixo tudo assim
Não me importo em ver a idade em mim,
Ouço o que convém
Eu gosto é do gasto."
Versão 1.9 =]
ps: trecho de Los Hermanos, porque ninguem se inspira em si mesmo né? :)

domingo, 7 de novembro de 2010

noite de um verão qualquer

Uma taça de vinho tinto, pais fora de casa, noite boa de se viver
E eu aqui.
Sozinha, com o gosto doce meio ocre na boca
Zapeando canais a procura de algo que tire o tédio,
ou que ao menos distraia por um segundo
E lá se vai outra taça, e outro suspiro, e outra lembrança de amores frustrados
E passados remotos de ações não feitas e arrependidas
Ah, solidão
Explode feito o tilintar do vidro - não cristal - do cálice aos dentes
Ocasional ou opcional, pode ser um deleite se bem aproveitada
E eu a gasto, desgasto e regasto pensando em você
Naquele arrepio que não posso permitir sentir
Naquela vontade de querer o que não se deve querer
É, a solidão cai como uma luva se minha própria companhia se faz auto suficiente
Se me afasta de perder o juizo em teu beijo
Ou de derreter em teu abraço forte a me envolver
É, sou melhor quando sadomasoquista me obrigo a esconder vontade
Sou melhor quando machuco só a mim e não a outrem
É.
A solidão me cai como uma luva.
Até que me reste o gosto doce ocre na boca.


ponto e vírgula;