E acordei pra mais um dia desses que a gente não espera nada além de aulas chatas e muita vontade de dormir, depois de apenas 5 horas de sono. Dia qualquer, como todas as terças o são, como geralmente meus dias têm sido, salvo pelo desespero de algumas provas marcadas em datas coladas só-pra-pirraçar-nossa-tentativa-de-descanso. Há muito não crio muita expectativa pra nada, acho que meio deixando o que vier ser lucro e surpresa. Mas esse 20 de dezembro soou mais como corte de linha presa no braço a qual ainda queria me prender mesmo após o balão ter soltado e voado para além-céu. Acho que foi um empurrão dos céus, do acaso, do sei lá o quê. Aquelas situações das quais não tem como fugir e só resta enfrentar. E assim foi. Pós-susto-quase-um-piripaque, o ar nos pulmões recolocou-me no chão. Respirei fundo, tirando serenidade não sei de onde, mas definitivamente bem-vinda. E acho que acabei acordando do sonho que desejava ser verdade sabendo que nunca o seria. E no final das contas, me descobrir muito forte do que achava ser. Não forte pra suportar fingir pra mim que já tinha me desligado. Forte o bastante pra saber que não havia outro vínculo senão aquele do início de tudo. Nítida o suficiente, pra saber que não restava nenhum pedacinho a mais que pudesse me fazer carregar um peso desnecessário. Sincera ao máximo, pra poder me orgulhar e deixar todos os balões fluírem para onde a vista não mais alcança, em um lugar onde possam ser livres para decaírem ao chão desgastados e vazios de todo ar que pesava e agora purificava novamente meus pulmões, trazendo vida e respirando o alívio e sossego de saber quando deixar que as cordas se desprendam e as linhas imaginárias se apaguem de uma vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário