sexta-feira, 20 de julho de 2012

20.07



É alguma coisa no tato, dirão aqueles mais sensorialistas, ou quem sabe no insight, no emaranhado de coincidência das vida dos que creem veementemente no destino. Reputar-se-ão vãs, perdas de tempo e desvio na rota do umbigo dos individualistas, ou o sentido de ser humano, dos seres políticos sociais. Se acumulam aos montes ou contam-se nos dedos de uma só mão, vivem anos compartilhados, constroem histórias ou mesmo um porre naquela festinha de fim de ano. Vivem na eternidade das lembranças, povoam os planos de velhice e cadeiras de balanço com novelo de lã para tricotar. Estão nos planos de longo prazo, nos filmes de fim de semana, nas conversas no meio da aula chata de qualquer matéria sem graça. Estão nos homéricos torrenciais de lágrimas derramados, nas risadas mais bizarras, nas ridicularidades cotidianas. Passeiam brevemente por variadas correntes e elos, unem-se ao leu e ao interesse, esse último não muito digno de confiança, e formam quebra-cabeças de mais variadas formas e recortes que se encaixam entre muito ciúme e jeitinhos birrentos. Alguns vêm lá do jardim de infância, das brincadeiras de boneca e de pique-esconde na rua, outros chegam no meio da vida acadêmica, na aula da academia e nos milhões de espaços-tempos-lugares-épocas. E chegam e se aconchegam, ocupando o tempo, o coração, o ombro, o carinho e o sofá de casa. Uns mais próximos, outros mais distantes, cada um em sua particularidade, construindo aquilo que se traduz em seu ser. 

Um comentário:

Eder disse...

Nao entendi poha nenhuma, mas vc eh foda!!