segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Como eu poderia não lembrar o teu sorriso, se no meio de tanta gente você me fez parar e guardar na memória aqueles minutos? E me fez querer de novo, mesmo estando longe da realidade dos dias, mesmo tendo sido só mais um. E me fez lembrar seu nome, eu que não me lembro nem do que fiz um segundo atrás. Como poderia não gelar dos pés a cabeça ao ver de novo aquele sorriso quando nem esperava, nem lembrava de relembrar, nem imaginava que você também lembraria depois de quase um mês? E me fez mais uma vez querer de novo, eu que quase nunca guardo nada, nem nomes, nem sorrisos, nem beijos. Eu que nem sabia que era possível ter a sensação de borboletas flutuando no estômago só por conta de umas palavras trocadas. Como eu poderia não me surpreender com a vida, se você foi a melhor surpresa que já tive e que me trouxe uma paz que até então nunca tinha sentido? Se em tão pouco tempo você roubou todos os meus olhares, sorrisos e vontades e me fez querer mais, muito mais, um querer infinito, que mesmo tendo a todo tempo ainda consegue aumentar? Se é só te ver que não quero mais largar, nem por um segundo, nem por um piscar de olhos. Se eu não consigo nem me sabotar, nem pensar, nem fazer qualquer coisa além de retribuir o bem que você me faz. Como eu poderia não me apaixonar por você se não sei nem quando começou ou quando foi crescendo? Se me arrepia só de lembrar de você, da gente, dos nossos momentos. E me faz, todos os dias, sentir mais. Querer mais. Apaixonar mais. E me inspirar a escrever sobre o que sinto, sem personagens, sem nada além de puro sentimento e palavras. Como eu poderia não querer você? Se a gente não sabe mais ficar sem a gente? Se só fecho os olhos e vejo você, sem vontade de olhar pros lados, eu que nunca consegui prender a atenção em pessoa nenhuma, que sempre preferi meus livros, minhas músicas, meus textos. Eu que achei que nunca me sentiria assim, tão leve, tão feliz. Como eu poderia não suspirar o tempo inteiro? Se já acordo esperando o seu bom dia, se durmo contando o tempo pra te ver e te ter de novo, pra te beijar de novo, pra desligar do mundo com você. Como eu poderia por um fim ao texto se esse querer é insaciável? Se essa sensação não acaba? Se esse arrepio não para de percorrer meu corpo? Se ainda virão mais linhas e mais sentimentos e mais sensações?

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