segunda-feira, 11 de maio de 2015

Deve haver algo no modo como enxerga a vida que torna tudo tão complicado, tão inacessível aquela parte mais profunda de seus sentimentos. Como pode, tanto sentir em tudo tangível aos seus olhos, tanto arrepio ao ver o que de lindo tem nessa vida, tanta emoção em ver nascer o sol em um dia qualquer, em ouvir o som das ondas se quebrando em alguma parte de uma praia comum, e ao mesmo tempo, nenhum tipo de encantamento pelas várias pessoas que passam por sua vida. Como se fosse uma especie de contradição dentro de si mesma. Olhos de poeta pro mundo, sensibilidade pra alma, pro amor amigo, pra bondade. Olhos de tirana pro amor carnal, paras qualidades humanas, para, como se diz, pessoas?! Será exigência de mais ou de menos? Sentimento e sentidos de mais ou de menos? Fechará sempre os olhos pra dentro, inconsciente, e tentará, na espera de não ser em vão mais uma vez, sentir algum tanto que traga sentido (ou não).

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