sábado, 11 de fevereiro de 2017

Eu nunca fui de falar de mim, eu quase sempre só escrevo o que vem da cabeça {ou do coração}, mas sempre fui de escrever e isso sempre foi mais que um pedaço de mim, é como se eu só conseguisse ser eu mesma assim, escrevendo o que vejo, o que acho que faz sentido, o que na maioria das vezes acaba nem fazendo, mas no fim das contas é o escape de todo o mundo de fora. E tem um tanto de tempo que nem sei mais o que é escrever, o que é gostar e ter algo como fuga. O tempo voa, a vida aperta e a gente se perde um pouco mais a cada dia. Quem serei eu daqui a um quinquênio? Que mais espaços deixarei de preencher no meu cansaço? Que esperar do objetivo que busco sem querer parar? A gente pausa uma parte da vida pra alcançar mais um degrau sem saber o que vai esperar por lá. Se joga na neblina sem a faixa branca do acostamento de guia. A gente só vai, espera, se move, vai de novo até chegar e espera: que um dia o que ficou seja a essência.

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