Tenho você dentro de mim e parece pouco e muito ao mesmo tempo. Mais que eu e que nós, menos que a soma dos desejos. Soa desritmado, porém encaixado ao mesmo tempo. É tudo velho como raiz fincada ao chão, que cresce em todos os sentidos. Por vezes, destrói o que vem pelo caminho. Esmaga o peito que não sabe se aguenta absorver o tanto que arde. Suga cada gota como quem vai em lençol freático e se desdobra em flor. A gente desata em suor. Se embala e se perde no que seria saudade e vontade que nunca passam. Se torna infinito no pequeno fragmento do espaço tempo que nos circunda no meio da madrugada de sono e insônia. O ar é sempre um pouco rarefeito quando se chega ao ápice. Pulmões a ofegar em meio a olhos que se fecham pra emergir dentro do caos. A gente sempre se encontra nas palavras e no silêncio daqueles segundos inertes e envoltos em porções de adrenalina e amor. Todo pensamento foge enquanto os corpos se convertem em energia cinética. Consumimo-nos. E nada mais parece igual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário