terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

amor de vidro




O vidro quebrou-se e eu não vi os cacos, e nem queria. Me sinto acordada depois de um sono cego e profundo, o qual não me trazia sonhos, e sim contos que não eram reais e que eu sempre soube que não seria. Que alívio. Saber que tudo se foi, que os cacos estão no lixo, que o amor foi-se como chegou, sem perceber. Engraçado, aquele copo de vidro que tanto cuidei, que tanto quis, que tanto guardei, não me fez falta alguma. Agora tenho taças, onde bebo vinho e não coca, onde não preciso lavar com cuidado e com medo de perder. E como o copo, quando parei de pensar, de cuidar, de querer você, o coração parou de saltitar, de apertar de saudade, a boca parou de querer seu beijo, e os vidros do amor partiram. Sem deixar cacos, sem deixar vestígios, sem deixar marca, cortes ou lágrimas.

:)

Nenhum comentário: