quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011



Uma maçã mordida e se pode ver a alma emoldurada em seu olhar de poeta
São traços, são formas e lápis desgastado transfigurados em acordes como música soprando aos ouvidos palavras doces
Mas não são palavras, não são sentidos do vento ao ouvido atento ou despretensioso
É a visão aguçada com o subjetivo, com o belo não mostrado, escondido em uma assinatura
É a poesia feita pra se ver, arte concreta no que não se pode traduzir ou entender
É a vida captada no detalhe não percebido ou desprezado nas vãs filosofias baratas
São maçãs e gatos e coringas e traços, que se confundem no poeta que não conheci, na pessoa que não sei quem é, mas que pressinto sentir a alma no olhar e admiro pelo deixado num papel soprado pelo vento e apurado pela pupila que tenta traduzir em palavras o mesmo mundo que convertes em figura.




ps: a imagem que me inspirou é de um amigo de Tekinha, minha jardineira, amiga e colega de poesia e de vida, colocarei os devidos créditos assim que ele autorizar o uso dessa imagem - e espero que o faça, rsrs =]

Um comentário:

Anônimo disse...

Um muito obrigado seria suficiente? Pelas belas palavras, especialmente por serem direcionadas à mim.

Não te conheço, mas já consigo identificar uma pessoa muito gentil e habilidosa com as palavras.

Nem soube o que dizer, rs. Talvez fosse melhor tentar rabiscar algo depois.

Beijo!

Ah, claro que pode usar o desenho. Eu saí ganhando no fim das contas, rs.