terça-feira, 10 de maio de 2011

brasa e carne-viva



Já não gastaria lápis, letra e papel se a certeza viesse para selar esse amor ao qual me fui submetida por tropeço do destino. Dos clichês tantos, fui fadada ao mais redundante, doloroso e complicado de todos. Ao tanto que já me dei conta inúmeras vezes que não cabe mais fantasiá-lo em minha mente, posto que apenas posso deixá-lo no plano platônico e irreal. Já não me cabe depois de tantos desencontros acreditar em enredo de novela, mas ao mesmo tempo já não cabe sentir desse tamanho tanto o que carrego dentro do peito. Cem tempos, sonetos, anos de solidão. Mergulhei em meus mais profundos mares e afundei nas fontes das poesias e livros a fim de tirar-te de mim. Mas como dor crônica e aguda, você vem a badaladas me lembrar do sentimento que o seu ser me traz. Não há nenhum pranto, nenhum sentido e nenhuma boca que contenha a vontade de enlaçar-me em teu corpo feito ímã. Não há abismo em que eu caia pra tentar sair depois. É um círculo vicioso, como praga que corrói até exaurir-se toda carne. E desse modo, te amo sabendo que queimo a cada dia nesse fogo que não se findará até que em brasa e carne viva esteja, arruinado, meu coração.

2 comentários:

Thasio Sobral disse...

carambaaa!!!!!!!!!! << sério fiquei assim. UIAHSIUAS.

se puder conhecer meu blog... :)
http://inspiracaodebolso.blospot.com

vou te seguir.

Danielle disse...

Olá!
Muito interessante os seus manuscritos... to seguindo aqui... segue de volta?
bjuus

http://danniellefreitas.blogspot.com/