quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

 Crescer é um processo doloroso e solitário, acredito que já tenha discorrido sobre isso, mas sigo reforçando na prática essa constatação. Tantas mudanças, tantas conquistas e o peso de no fundo no fundo me sentir só é avassalador. É uma sensação que carrego comigo desde que me recordo de refletir sobre essas coisas e se torna inevitável a busca de pertencimento, embora constantemente me pergunte a que preço? Gostaria de ter todas aquelas certezas que sempre tive sobre onde exatamente eu quero estar/chegar, mas me perdi nas inseguranças e na voz que sempre diz que não fiz nada mais do que minha obrigação. As vezes acho que preciso de um sacode outras acolhimento, outra só o privilégio de um colo pra descansar no fim do dia. Mas não foi assim que aprendi a ser. Por circunstancias que a vida me trouxe fui forjada com a essência de quem não espera nem pede. Nasci pra desbravar e conquistar tudo aquilo que por vezes me dizem que é muito alto e preciso voltar pra realidade. Se solidão é o que se paga por não se contentar não se acomodar, pode ficar com o troco que aceito de bom grado quantas doses forem necessárias pra chegar onde quero.

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