Tanta gente, tanto barulho, tantos passos.
E tudo tão calmo, tão distante, tão vazio.
Num canto eles brincam de pular bem alto, no outro giram, giram, giram.
Ali na frente o barco desancora, dum lado pro outro, quase que fica de pé.
E tem o que vai caracoleando em zigue-zague, sem contar o que fica de cabeça pra baixo.
Se sentem perto do céu. Estão perto do céu.
Eu tenho medo de roda-gigante, como que faço?
Medo de altura. Tenho vertigem.
Um pedaço de nuvem ou de algodão doce, moço!
Pra sonhar um tiquinho.
Pra sorrir um tiquinho.
Pra eu ficar também perto do céu, nem que seja só o gostinho doce que fica na boca da gente. Deixa eu pensar que alcancei o azul de lá de cima.
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